Sunday, July 6, 2008

09/06/2008

Decidimos que queríamos regressar o mais depressa possível, não que não estivéssemos a gostar mas a viagem estava a ficar extensa demais e o corpo já pedia férias das férias. Para enganar o corpo, metemo-nos à estrada e marcamos como 1º destino: Montpellier, Mentalizamo-nos que a viagem ia ser longa, só iríamos fazer paragens para abastecer e para verificar o pneu. É verdade, ainda continuámos com o mesmo pneu. No decorrer do dia aconteceram duas peripécias. Na 1ª paragem em França, na auto-estrada cote d’zur, fizemos mais uma paragem e decidimos colocar óleo na corrente, já tínhamos percorrido cerca de 500 kms. A Tânia foi fazer o pagamento do combustível e comprar algo para beber e o Rui tinha a missão de colocar o óleo. Rui: Ao tentar colocar a mota em descanso central, com o depósito cheio acrescido de toda a carga, não consegui por à primeira tentativa, o descanso e a mota desequilibrou-se e ao desequilibrar-se... como podem compreender não tive força para a agarrar até pelo facto de estar muito carregada. Tentei que a queda fosse o mais controlada possível para danificar o mínimo mas mesmo assim fiquei magoado na perna porque o pousa pés fez pressão na minha perna. Após a queda, eu e a Tânia, levantamos a mota e o único dano, para meu espanto, foi a mala lateral direita, ficou lascada assim como o friso da mota. Enfim, tudo nos acontece...

O segundo episódio acontece perto de Nice. Verificou-se que o GPS se tinha apagado, estranho... dado que estava ligado ao carregador. Paramos e após uma análise ao sistema, verificamos que os fios que ligam ao macho do mini-usb tinham-se desconectado (os fios estavam soldados!) Não conseguimos perceber como aconteceu até porque o carregador tinha sido comprado antes de viagem. O GPS era essencial dado que não vínhamos preparados com mapas de França e Espanha. Após umas engenhocas, lá conseguimos restabelecer a conexão dos cabos (embora fosse uma conexão frágil).

Após resolver os problemas e como queríamos mesmo chegar depressa, decidimos fazer mais uns kms e dormir em Barcelona. Numa das paragens onde jantamos percebemo-nos que havia problemas com os camionistas, não sabíamos o que era, mas continuámos a nossa viagem. Ao aproximamo-nos da fronteira, víamos os painéis de auto-estrada a avisar de fronteira estar fechada para camiões. Que estranho! O que se estará a passar. Por outro lado, ao longo da auto-estrada verificámos que existiam bastantes pesados parados nas estações de serviço.

Na última portagem antes da fronteira perguntamos se a fronteira se encontrava fechada para os veículos ligeiros e foi-os dito que não. Mais uma vez, que estranho. Aproximadamente nos últimos 5 km’s. Até à fronteira uma das faixas estava repleta de pesados, nunca tínhamos visto tantos pesados juntos.

Chegamos a Barcelona após 1214 km, o nosso maior desafio físico. Nunca tínhamos andado mais de 600km de moto. Concluímos que é tudo uma questão psicológica.

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