Sunday, July 6, 2008

08/06/2008

O céu estava quase limpo mas ficámos os dois com opiniões diferentes. O Rui queria ir para Veneza – cerca de 25 km’s – e a Tânia não porque achava que o tempo ia voltar a um estado nublado e chuvoso e ver Veneza à chuva não estava nos planos. Como o Rui e mais teimoso, fomos para Veneza. Tânia: enfim, é ele que conduz a mota, e é verdade que custa ir embora com uma cidade que todos dizem ser excelente, ali mesmo ao lado.

Ao sair de Pádua, paramos na primeira estação de serviços para tomar o pequeno- almoço e para encher o pneu de trás. Lá encontramos um posto de turismo sobre Veneza e fomos–nos informar:

- O parque de estacionamento, por dia, €24.

- O mapa de Veneza: €2,5.

- Bilhete de “autocarro” barco de 1 ida - €6,5 por cada passageiro.

Existia também um passe de 12 horas para a viagem nos dois sentidos de forma ilimitada para qualquer estação no Grand Canal e ilhas. Como a nossa ideia era passear pelas ruas de Veneza compramos um mapa e um bilhete para o regresso – que se esperaria ser com os “bofes de fora”, Ficamos preocupados com o custo do 24 euros para o parque, até porque estávamos de moto e não de carro.

Rui: no percurso, pensei que tinham que existir parques para motas gratuitos pelo facto de existirem milhares de scooters a rodar por ai. Afinal estávamos em Itália!! Quando chegamos à zona dos parques, após passarmos a ponte da Liberdade, verificamos que existiam parques de motos mas estavam lotados. Demos umas voltas e lá encontramos um lugar vago. Perfeito! Estes parques eram mesmo gratuitos. Sei que devem estar a pensar que somos loucos por deixarmos as motas em local público e que sendo a matrícula estrangeira poderia ser uma tentação para os larápios mas existia uma esquadra dos “canabinieri” mesmo ao lado e pareceu-nos seguro. Partimos para a descoberta de Veneza, pelas ruas labirínticas, pontes, canais e edifícios antigos – banais e palacetes. Achamos curioso os prédios com garagem para barcos, claro. Não há carros, só barcos, os únicos meios de mobilidade.

Como estávamos em Veneza, claro que íamos ver as famosas Gôndolas. Não chegamos a andar nelas. Deu para perceber que algumas são ornamentadas pelo proprietário dado que umas são mais bonitas e luxuosas do que outras. Decidimos não andar em nenhuma pois seria uma boa razão para um dia lá voltarmos ...

Chegados a praça de São Marcos e ficámos deslumbrados com a Catedral de S. Marcos, a Praça, os seus característicos cafés com as suas orquestras, a Torre, a torre do relógio, o Palácio Ducal e claro a Ponte dos Suspiros. Não resistimos em subir à torre para visualizarmos a vista espectacular.

Seguidamente fomo-nos sentar numa das esplanadas da Praça de S. Marcos. Tínhamos que beber algo fresco para refrescar. Sim, para refrescar, pois qual chuva qual quê, chuva, chuva... não houve nem uma gota e o céu manteve-se limpo. Foi muito bom e foi um verdadeiro dia de Verão. Cada um de nós bebeu uma Calsberg e depois veio a dolorosa, 23€. Grande exagero, mas temos que ter uma conta que foi um momento excelente para relaxar e ouvir música clássica ao vivo. Foi muito bom! Agora percebemos como é difícil resistir e não vir beber qualquer coisa nestas esplanadas.

Percorridos algumas ruas da cidade pensamos afinal é só uma cidade diferente mas chegada ao Grand Canal, depois da Ponte de Rialto e à praça de São Marcos, é que percebemos a magia da cidade que se vai entranhando em nós e nos faz, não quer sair de lá. Fomos ficando e passeando e decidimos jantar lá e ficar mais um pouco na praça de S. Marcos, continuando a vaguear mais um pouco. Quando demos por nós já eram 23:00. Fomos então apanhar o barco de regresso à Praça de Roma onde estava a nossa Triumph. O passeio de barco pelo Grand Canal é fenomenal com palácios a aparecerem consequentemente, uns mais pequenos e outros maiores, uns mais bonitos, outros menos. Mas sinceramente, este último adeus a Veneza fez-nos apaixonar ainda mais pela cidade. Temos mesmo que voltar.

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