Sunday, July 6, 2008

05/06/2008

O dia nasceu novamente chuvoso, aproveitamos uma aberta e fomos à cidade de Krk. É uma cidade pequena com ruas estreitas que nos levavam, por um lado até um forte e até ao mar. Nas nossas diligências pelas ruas da cidade fomos entrando em lojas em busca de postais (uma oportunidade única de ver imagens da com sol) e procurando também recordações minúsculas para trazer para a família. Numa das lojas reparamos numa placa rectangular com umas inscrições mas não numa língua conhecida. O curioso do Rui não resistiu e perguntou que inscrições eram, como a sra da loja não sabia falar inglês deu-nos um papel com a explicação e verificamos que eram uma pedra descoberta numa igreja com inscrições relativas à prova escrita do primeiro texto escrito em croata. Tínhamos que conhecer mais este símbolo e assim partimos para a cidade de Baska.

Encontrámos a igreja de Sta. Lúcia. Percebemos então que a placa foi escrita no séc. XI, no reinado do rei Zvonimir em de cerca de 1100 e as inscrições referem-se ao erguer da igreja de Sta Lúcia e que foi construída por 7 irmãos. Achamos estranho a igreja estava localizada na ilha e não no continente (apesar de ser a maior ilha do país). A igreja foi erguida no contexto da ordem de S. Benedito. Nesta ordem os edifícios religiosos têm que estar perto de água e daí ter sido construído na ilha de Krk. Esta pedra foi a prova de origem da língua croata, e algo muito importante para o país.

Adoramos a história da descoberta e das tentativas de tradução do texto. Só temos pena da pedra original não estar, actualmente, na igreja de Sta Lúcia. A pedra está num museu em Zagreb. De seguida percorremos alguns km’s até à zona balnear mais conhecida da ilha, com águas bem transparentes,... para não variar. É pena não estar sol para darmos um mergulho.

Até esta zona não voltamos apanhar chuva, mas o astro mantinha-se cinzento. Quando estávamos a voltar para o continente, na mesma zona onde tínhamos apanhado a tromba de água, começou, novamente, a chover com intensidade... mais uma vez, no mesmo sítio... como é possível. Percorremos mais uns km’s debaixo de chuva, e no sentido de Pula, 20 km’s antes de chegar à cidade, ...e o sol surgiu e com bastante força. Parecia um dia diferente. Que bom!! Conseguimos fugir de chuva.

Estacionamos a mota em frente ao coliseu de pula e reparamos logo que algo não estava bem. Um dos sacos cama tinha uma cratera, provocado pelo escape. Pensamos que o mesmo estava bem preso mas a rede perdeu elasticidade e provocou a situação.

Enfim, “one sleeping bag is out” e assim o camping também.

Visitamos a cidade e começamos pelo anfiteatro romano e seguimos para o castelo. Depois fomos para a baixa da cidade ver o fórum e o templo de Augusto. Cidade interessante, diria que um pouco menos turística, nota-se alguma pobreza mas é rica na herança dos romanos.

Depois começou a nossa aventura para a dormida. Sem camping como uma hipótese, pensamos numa casa pré-fabricada em camping (disponível em alguns dos parques de campismo) que pensamos ser mais acessível que um hotel. Fomos a um primeiro camping que só sabia falar alemão,... bom, muito bom mesmo..., o seguinte não tinha as ditas casas e o seguinte só aceitava se fosse para um mínimo de 3 noites. No ultimo camping, o mínimo de noites eram 7, já eram 21h30 e fizemos um “despaired cry for help” junto da recepcionista para nos ajudar a encontrar uma solução. A questão das 7 noites como mínimo era inultrapassável mas disponibilizou-se logo para ajudar. De facto ela foi uma espectacular,... explicamos a importância de um parque e deu-nos uma dica excelentes, seguimos então as suas indicações e fomos pernoitar num hotel 4 estrelas. A 15 km’s de Pula, na cidade de Medulin e que ficou mais barato do que o hotel de Split que era de 3 estrelas.

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